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sábado, 15 de janeiro de 2022

A Presa

 

A minha opinião: 

Penso que comecei bem o ano 2022 com este livro que foi publicado originalmente em 1938 por uma escritora que faleceu aos 39 anos no campo de concentração de Auschwitz.
Irène Némirovsky é uma extraordinária escritora sobejamente conhecida mas que eu desconhecia porque não li nenhuma das suas obras. Creio que vou corrigir isso muito em breve.

Gosto muito de abrir um livro e ficar empolgada por o continuar a ler. E nem sempre é fácil, principalmente quando se terminou um grande livro, como foi o caso. Jean-Luc Daguerne sacrifica tudo por ambição. Um romance forte e repleto de nuances que o leitor não pode ignorar.

Narrativa breve e intensa mas muito tocante. Personagens marcantes mas estereótipos da sociedade com as caraterísticas humanas que Irène bem conhecia e sabia replicar com precisão no papel. Desafio a ler este livro sem ficar preso. Brilhante e intemporal. Imperdível.

Autor: Irène Némirovsky
Páginas: 192
Editora: Cavalo de Ferro
ISBN: 9789895647033
Edição: 2021/ setembro 

Sinopse: 
Jean-Luc Daguerne é um jovem ambicioso que, desprovido de tudo, sonha agarrar o mundo com as duas mãos. Mas a velha ordem que o rodeia está em colapso devido a uma crise sem precedentes: o dinheiro já não é seguro, o sucesso já não dimana apenas do trabalho. Para subir na vida, há que entrar nos meandros do poder e da política.

Ao casar-se com Édith Sarlat, filha de um importante banqueiro, Daguerne parece finalmente conquistar as tão desejadas alegrias do sucesso e da ambição. Porém, depressa se emaranha numa teia de mentiras, vinganças e traições, e o que outrora parecia um belo sonho não é mais do que uma realidade sórdida e mesquinha que de predador acabará por transformá-lo em presa.

Publicado em 1938, A Presa é um romance trágico, com ecos stendhalianos, que narra a ascensão e queda de um jovem idealista ambicioso — «um Julien Sorel numa época de crise» — traído pelas suas próprias paixões, e cuja história compõe um retrato magistral da Europa e da sua burguesia nas primeiras décadas do século, em plena crise financeira e política.

Primeira tradução em Portugal deste romance de Irène Némirovsky, cuja obra, redescoberta após décadas de esquecimento, constituiu um dos casos de maior sucesso da literatura mundial.

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