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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

A ridícula ideia de não voltar a ver-te

 

A minha opinião:

Li este romance há alguns anos. Recordo que é sobre a Marie Curie e o luto. Também sei que gostei muito e como tal, reler não é problema, antes pelo contrário. A narrativa é sucinta e eloquente, como eu aprecio e ademais, qualquer mulher pode fazer o mesmo; usar a vida de Marie Curie como medida para entender a sua e ainda reflectir sobre qual é o seu lugar na sociedade. Sem esquecer o maldito sindrome de redenção. 

O que me encanta é o correr solto das palavras que amiúde sugerem também fantásticas sugestões de leitura a propósito de uma qualquer reflexão. Surpreendentemente não é um romance amargo ou lúgubre porque há uma descontrução da dor e solidão no luto. Uma construção de si. Rosa Montero certamente que encara este romance como um projeto muito pessoal naquele período da sua vida.

Autor: Rosa Montero
Páginas: 176
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04712-0
reEdição: 2021/ maio 

Sinopse: 
Quando Rosa Montero leu o diário que Marie Curie começou a escrever depois da morte do marido, sentiu que a história dessa mulher fascinante era também, de certo modo, a sua. Assim nasceu A ridícula ideia de não voltar a ver-te: uma narrativa a meio caminho entre a memória pessoal da autora e as memórias coletivas, ao mesmo tempo análise da nossa época e evocação de um percurso íntimo doloroso.

São páginas que falam da superação da dor, das relações entre homens e mulheres, do esplendor do sexo, da morte e da vida, da ciência e da ignorância, da força salvadora da literatura e da sabedoria dos que aprendem a gozar a existência em plenitude.

Um livro libérrimo e original, que nos devolve, inteira, a Rosa Montero de A Louca da Casa - talvez o mais famoso dos seus livros.

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