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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Contos Escolhidos

A minha opinião:

Gosto de contos. Gosto de histórias curtas que vão direitas ao coração. Pequenos excertos de vida numa história mais longa. E não é o primeiro livro de contos que tenho ou leio. De quando em quando gosto de saltitar e ler curtas ou sucintas representações do real e muitas vezes num registo cómico ou trágico. Carson McCullers é uma estreia (ou assim o pensava até verificar que constava no registo do blogue) que adiei muito tempo apesar das boas indicações para a ler. E nada mais me impediu do que uma lamentável associação de que os clássicos eram uma seca, ou seja, elaborados, intrincados e descritivos. Datados. E não podia estar mais equivocada com alguns autores. Por essa razão, tenho tentado fazer algumas incursões em eternas escritoras.

Traduzido por Ana Teresa Pereira é um selo de qualidade. E se o primeiro conto de Carson não me agarrou, os restantes foram o conseguindo. Incomodam pela sua humanidade numa complexa gestão de emoções e sentimentos de uma boa observadora, em que não falta desencanto e dor. E solidão.

Autor: Carson McCullers
Páginas: 176
Editora: Relógio D'Água
ISBN: 9789896413125
reEdição: 20

Sinopse: 
Reúnem-se aqui doze contos de Carson McCullers numa selecção feita por Ana Teresa Pereira.
Embora seja conhecida pelos seus romances, Carson McCullers foi uma notável contista, inserindo-se na tradição sulista da literatura norte-americana. Carson McCullers dedicou-se aos contos desde os 17 anos, ano em que escreveu «Sucker», tendo muitos deles começando por aparecer em revistas literárias.
As suas capacidades de observação e o seu estilo revelam uma assumida filiação em autores tão diversos como Flaubert e Dostoievski. Julie Harris considerou-a mesmo «uma mulher encantadora e misteriosa que escrevia como um anjo».
Carson McCullers foi reconhecida pelos grandes escritores da sua época. Graham Greene declarou preferi-la a Faulkner, e Tennessee Williams disse que a sua obra «não se eclipsará com o tempo, mas irradiará cada vez mais fulgor».

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