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domingo, 18 de agosto de 2013

Não deixes que me levem

Autor: Catherine Ryan Hyde
Edição: 2012, outubro
Páginas: 312
ISBN: 9789721061859
Editora: Pub. Europa-América

Sinopse:
E se abandonar a sua mãe… for a única forma de a salvar?
«Lembras-te de me dizer que conseguirias sempre encontrar-me? Bem, nunca te esqueças disso. Por favor.»
GRACE
Grace é uma menina de dez anos que sabe que é amada pela mãe. Mas a mãe também ama as drogas. Grace não conseguirá evitar por muito mais tempo as ameaças da «senhora dos Serviços Sociais», que a quer colocar numa instituição. A sua única esperança é…

BILLY
Billy Shine é um adulto que não sai do seu apartamento há anos. Tem muito medo das pessoas. E assim, dia após dia, leva uma vida perfeitamente planificada e silenciosa dentro de sua casa. Até agora…
O PLANO
Grace invade a vida de Billy com uma voz bem alta e um plano para libertar a mãe daquele martírio. Mas não será fácil, pois para salvar a mãe terão de arrancar-lhe a única coisa de que ela realmente precisa: Grace.

A minha opinião:
Enternecedor. Mágico. Um bálsamo para a alma.

Solidariedade, ternura e empatia por uma criança muito especial que comove os habitantes de um prédio numa zona não muito segura, que assistem à sua solidão e abandono, negligenciada pela mãe envolvida nas drogas. 

É difícil resistir a envolver-nos com o muito que a Grace e Billy nos contam. Como mãe também não me foi fácil resistir à indignação com as reviravoltas que lhes são impostas quando tudo parecia estar no bom caminho. Claro está, que este romance está vocacionado para a vertente emocional. Mas, não cai na lágrima fácil porque a narrativa foge a essa tentação e as personagens são peculiares. Frágeis enquanto sujeitas a um passado que as definiu mas que gostariam que tivesse sido diferente e fortes porque conseguem encontrar forças desconhecidas na conjugação de esforços em prol de Grace em que gradualmente todos beneficiam. Grace cresce e adquiri novas competências e os vizinhos afastam os seus medos, inseguranças, traumas e fobias. 

Grace e Billy são as personagens que mais intensamente se relacionam. E qualquer um dos dois comove o leitor. E também divertem porque Grace é uma criança muita viva e espevitada. 

Leitura ritmada, fluída e hipnótica mas que certamente passa despercebida pela apresentação  do livro. Ou por ser um tema "batido". Mas, que não deixa de ser um Prazer de Ler.

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