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quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Os Despojos do Dia

A minha opinião:
Romance de um autor galardoado em 2017 com o prémio Nobel, sucessivamente adiado, até me deparar com ele ao arrumar um outro livro na estante. Achei que era uma aposta segura para este início de ano.

A escrita requintada convence mas o enredo introspectivo de Stevens, mordomo que reflete sobre o passado nos muitos anos em que serviu um distinto cavalheiro que acreditava ter grande estatura moral como condição prévia de grandeza, não me entusiasmou por aí além.~O narrador protagonista desfia recordações em que analisa a sua relação com os outros, principalmente com a governanta com quem manteve uma relação ambígua. Iníbido emocionalmente é devotado à profissão que tudo justifica. No fim, é feito um balanço honesto e bem desenvolvido sobre como vivemos e encaramos o passado. 

Um livro que não nos deixa indiferentes, mas não teve em mim o impacto que antecipava. Esperava mais. 

Autor: Kazuo Ishiguro
Páginas: 256
Editora: Gradiva
ISBN: 9789726622093
Edição: 2017/ Outubro

Sinopse:
Durante um passeio pelo campo, após trinta anos de serviço em Darlington Hall, Stevens, o mordomo perfeito, reflecte sobre o passado, num esforço de se convencer de que serviu a Humanidade servindo um «grande homem», Lord Darlington. Mas as recordações suscitam-lhe dúvidas quanto à verdadeira «grandeza» de Lord Darlington e dúvidas ainda mais graves quanto à natureza e ao sentido da sua própria vida...

Os Despojos do Dia é um estudo psicológico magistral e um retrato de uma ordem social e de um mundo em extinção, insular, pós-Segunda Guerra Mundial. «Os Despojos do Dia é um livro de sonho. Uma comédia de costumes que evolui magnificamente até se tornar um estudo profundo e tocante sobre a personalidade, a classe e a cultura.»

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