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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O Anjo de Munique

A minha opinião:
Um thriller histórico que se devora, com uma sinopse que indicia isso mesmo é irresistível. Não foi preciso mais para me apressar a comprar mas não contei com uma letra miudinha que me aborrece porque já estou pitosga.

A trama que se desenrola a bom ritmo e com reviravoltas inesperadas prende mas os comissários que investigam a morte da sobrinha de Hitler tornam a leitura viciante e imparável. A dinâmica dos dois é credível e o carisma e presença de espírito em oposição a personagens de má memória torna-os dignos de registo. A descrição breve e visual dos vários locais onde a ação se dá embeleza a narrativa nesta trama bem pensada e melhor contada que, pasme-se no essencial é uma história verdadeira. O anjo de Munique tem por base o desaparecimento de Geli que não foi uma personagem de romance, bem como muitos dos dados rebuscados que parecem ficção mas para o qual existem provas documentais.

É uma pena que no contexto atual não se leia mais. Alguns factos são relevantes à luz dos dias de hoje. E é uma extraordinária maneira de nos preencher e ocupar o tempo. 
Um dos melhores thrillers policiais e históricos que li nos ultimos tempos. 

Autor: Fabiano Massimi
Páginas: 432
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9789897840500
Edição: 2020/ Julho

Sinopse: 
Munique, Setembro de 1931. Faltam poucas semanas para que umas eleições históricas outorguem o poder aos nazis. O comissário Sigfried Saue é chamado com urgência a um elegante apartamento, onde Angela Raubal, 22 anos, conhecida como Geli, é encontrada no seu quarto sem vida. Ao lado do corpo um revólver, tudo sugere que se trata de um suicídio. Geli, no entanto, não é uma mulher comum e o apartamento onde vivia e morreu, bem como o revólver que disparou o tiro fatal, não pertencem a um homem qualquer, são do seu «tio Alf», que o resto da Alemanha como Adolf Hitler, o político mais notório do momento. Em parte também por causa dessa estranha relação com a sua sobrinha, fonte de indignação e escândalo entre as fileiras dos seus inimigos e entre os seus colaboradores mais próximos. Sempre juntos, sempre felizes e sorridentes numa intimidade adolescente. O inspector Sauer se encontra dividido na sua investigação entre aqueles que o mandam encerrar a investigação passadas escassas horas e aqueles que o instruíram a ir ao fundo do caso e descobrir a verdade, qualquer que seja.

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