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domingo, 4 de julho de 2021

A Boa Sorte

A minha opinião:

Alguns livros chamam por nós mas este gritou. Rosa Montero é uma boa amiga que não dispenso e não desilude. Aconchegante. Sensivel. Inteligente. Maravilhosa. E as personagens que nos dá a conhecer são especiais. Não se apresentam logo, mesmo que seja algo excêntica como a Raluca ou misteriosa como o Pablo Hernando mas cada vez quer viramos a página gostamos mais e mais delas.

Tudo isto para dizer que estou encantada com esta estória. Aliás, extasiada, é a palavra certa. As bem escritas estórias tocam o leitor porque as personagens são tão humanas que o enredo se torna convincente, para mais quando aborda a banalidade do quotidiano em que coexiste o bem e o mal, a vida e a morte, a alegria e a dor e no fim o amor e a esperança.
Raluca é uma personagem iluminada que acredita na sua boa sorte, enquanto Pablo, sensível à beleza e á ordem desistiu dela e foi esconder-se na fealdade de Pozonegro. O encontro destas duas personagens é A Boa Sorte.
Fantástico. É por romances assim que leio Rosa Montero.


Autor: Rosa Montero
Páginas: 232
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-03191-4
Edição: 2021/ junho 

Sinopse: 
O que leva um homem a descer de um comboio antes do fim da viagem e ir esconder-se numa cidadezinha decadente? Um desejo de recomeço ou a necessidade de acabar de vez com a vida?
Pablo, o protagonista em fuga, é conduzido pelo destino a Pozonegro, um antigo centro de extração de carvão que é hoje uma localidade moribunda.
No entanto, há humor nesta cidade triste e maldita, porque a vida é feita de alegria. E de segredos, claro. Todos os habitantes de Pozonegro possuem o seu. Alguns são apenas ridículos. Outros, sombrios e muito perigosos. Há gente que finge ser quem não é ou que esconde a sua verdadeira motivação, num intrincado jogo de espelhos; e há também a luminosa, imperfeita e um pouco louca Raluca, que pinta quadros e cuja vida se cruza com a de Pablo.
Um romance sobre o bem e o mal, uma radiografia dos anseios humanos – medo e serenidade, culpa e redenção, ódio e desejo –, uma história de um amor terno e febril, A Boa Sorte espelha, sobretudo, um profundo amor à vida. No fim de contas, depois de cada perda, pode haver um recomeço. Porque a sorte só é boa se assim o decidirmos.

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