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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Os Rituais da Água / Volume II da trilogia O Silêncio da Cidade Branca

A minha opinião:

Da triologia do meu melhor thriller de sempre, O silêncio da cidade branca. 

Nesta trilogia é fácil sentir empatia pelo protagonista, que não renega o seu lado pessoal e familiar, ainda que assoberbado e obcecado com a investigação que se passa numa cidade basca carismática e histórica como é Vitória-Gasteiz, enaltecida nas narrativas.

Um assassino com ritual Celta enquanto o profiler "Kraken" lida com os fantasmas do passado e os do presente, na gravidez incerta da mulher que ama. E assim começa. E são quinhentas páginas de leitura compulsiva em que se percebe a trama sórdida pelas repercursões atuais com os rituais de água.

Curiosas as sucintas observações históricas em toda a narrativa relacionadas com a Cantábria mas o drama pessoal do protagonista mantêm o suspense em alta e sem quebras, o que confunde o leitor como um bom thriller. As surpresas estão garantidas.

Não desiludiu e manteve o estatuto. Mal posso esperar por ler o último desta bestial trilogia. Espero que não demore tanto.

Autor: Eva G. Sáenz de Urturi
Páginas: 512
Editora: Lua de Papel
ISBN: 9789892351544
Edição: 2021/ julho 

Sinopse: 
Uma mulher é encontrada queimada e pendurada numa corda pelos pés, com a cabeça imersa dentro de um antigo caldeirão de bronze, cheio de água. A autópsia revela a primeira surpresa: a vítima estava grávida. E a investigação que se segue aponta para outra conclusão surpreendente: o crime tem todos os contornos de um macabro ritual celta.

O profiler Unai Kraken acaba por se ver envolvido no caso, mesmo sem querer. Afinal, a mulher morta, como rapidamente será informado, foi a sua primeira namorada, com quem se tinha envolvido décadas antes. Nessa mesma altura, ele e o seu grupo de amigos participaram numa escavação arqueológica em que descobriram segredos há muito enterrados. Poderiam os dois episódios estar relacionados?

Quando surge uma nova vítima, a conclusão é óbvia: é o trabalho de um psicopata, e ele (ou ela) tem um interesse particular na vida pessoal do protagonista. Começa aqui um sufocante jogo de gato e rato, tendo como cenário a cidade basca de Vitoria. A ação desenrola-se em dois tempos distintos, o presente e o passado de Kraken - sendo que a chave que une os dois momentos da sua vida poderá ser um ritual cuja origem se perde nos tempos.

Os Rituais da Água marca o regresso de Eva G. Sáenz de Urturi ao universo que a autora começou a criar em O Silêncio da Cidade Branca.

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