A minha opinião:
Uma pessoa quando é criança... E algumas estórias " rezam" assim porque é uma criança que relata episódios do quotidiano. Uma alegria que a ingenuidade e candura desta criança travessa nos transmite. Os camaradas adultos faziam parte das brincadeiras já que tudo e todos serviam, ainda que o medo estivesse por vezes com eles.
Afetos e inquietações revisitadas com Ndalu em "Os da minha rua". Numa palavra: infância.
"... a ternura toca a alegria, a alegria traz uma saudade quase triste, a saudade semeia lágrimas, e nós, as crianças não sabemos arrumar essas coisas dentro do nosso coração."
"- Uma casa está em muitos lugares... É uma coisa que se encontra."
Autor: Ondjaki
Páginas: 128
Editora: Caminho
ISBN: 9789722118637
Edição: 20
Edição: 20
Sinopse:
Há espaços que são sempre nossos. E quem os habita, habita também em nós. Falamos da nossa rua, desse lugar que nos acompanha pela vida. A rua como espaço de descoberta, alegria, tristeza e amizade. Os da Minha Rua tem nas suas páginas tudo isso.
Como num filme, sempre me acontecia isso: eu olhava as coisas e imaginava uma música triste; depois quase conseguia ver os espaços vazios encherem-se de pessoas que fizeram parte da minha infância. De repente um jogo de futebol podia iniciar ali, a bola e tudo em câmara lenta, um dia eu vou a um médico porque eu devo ter esse problema de sempre imaginar as coisas em câmara lenta e ter vergonha de me dar uma vontade de lágrimas ali ao pé dos meus amigos.
A escola enchia-se de crianças e até de professores, pessoas que tinham sido da minha segunda classe, da terceira...
Quando alguém me tocava no ombro, as imagens todas desapareciam, o mundo ganhava cores reais, sons fortes e a poeira também.
ondjaki
O teu livro dá conta de como crescem em segredo as crianças. É o milagre das flores do embondeiro: habitam o mundo em concha por breves momentos e vêem através da luz o milagre das pequenas coisas.
Ana Paula Tavares
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