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terça-feira, 5 de julho de 2022

Oh, William!

 

A minha opinião: 

Gosto tanto dos romances de Elizabeth Strout que não podia dispensar Oh William!. Os romances são centrados em personagens profundamente humanas e honestas em que o protagonismo têm sido feminino com Lucy Barton e Olive Kitteridge. O que contam é em tom confessional e íntimo sobre todo o tipo de relacionamentos, principalmente os matrimoniais, maternais ou filiais. William foi marido de Lucy Barton e mantém uma relação próxima, amadurecida, que a faz sentir segura. 

"O que eu quero dizer é que as pessoas estão sozinhas. Muitas pessoas não conseguem exprimir a quem conhecem bem aquilo que sentem que talvez queiram dizer." (pag. 113)

Uma saga familiar que nos desconforta porque Lucy Barton nunca facilitou. E o tanto que compôs as suas vidas vai sendo revelado. Oh William é o que se sente. O que devemos descobrir antes que seja demasiado tarde.

Não sei se será um livro para todos ou somente para alguns. Os que a admiram.

Autor: Elizabeth Strout
Páginas: 224
Editora: Alfaguara Portugal
ISBN: 9789897843051
Edição: 2022/  junho

Sinopse: 
No regresso da personagem Lucy Barton — protagonista dos romances O Meu Nome é Lucy Barton e Tudo é possível —, encontramos, desta vez, uma mulher madura, que conquistou fama e sucesso enquanto escritora.

Um acontecimento inesperado traz de volta à vida de Lucy o seu primeiro marido, William, alguém que foi sempre um mistério para ela. Misteriosa é também a forte ligação que os une ainda. Lucy acaba de ficar viúva, William atravessa uma crise no seu terceiro casamento, enquanto procura descobrir um segredo do passado da mãe. É a Lucy que William pede apoio e companhia. Juntos iniciam um périplo geográfico e emocional que os levará para longe de Nova Iorque.

Ao evocar o passado de ambos — os tempos da faculdade, o nascimento das filhas, a dissolução do casamento e as vidas refeitas com novos companheiros —, Strout compõe o retrato de uma convivência de décadas, conturbada e cúmplice. à medida que a narrativa avança, entrevemos as forças silenciosas que mantêm Lucy e William unidos. Percebemos também que, para se habitar em pleno uma nova vida, é preciso sarar feridas e celebrar o que se conquistou.

Oh, William! — saga familiar cujo esqueleto vai sendo desmontado em camadas — assenta num ponto nevrálgico: a voz indómita de Lucy Barton, veículo para uma reflexão profunda e delicada sobre a existência, qualidade presente em todos os livros da magistral Elizabeth Strout. Um romance luminoso sobre o amor, a perda e os segredos de família que regressam sem aviso e nos deixam aturdidos.

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