A minha opinião:
Curioso o impacto que as expectativas têm num novo livro. Há uns meses comecei e larguei sem opinar. Aborreceu-me e não me consegui conectar com a viagem nostálgica. Quando o reiniciei, agora, e sem expectativas, rápidamente me encantei com a escrita ritmada e a linguagem cuidada e desarmada de Joana Bértholo que me levou a um romance em Buenos Aires, depois de uns dias de reencontro em Lisboa dez anos depois em que desfia estas memórias. A percepção é que se trata de um romance autobiográfico e o não é (segundo o que ouvi). O enamoramento com as duas cidades é outro atrativo desta história de Roma (anagrama de amor).
O diálogo que se estabelece com a ideia da maternidade é brilhante.
Autor: Joana Bértholo
Páginas: 312
Editora: Editorial Caminho
ISBN: 9789722131711
Edição: setembro/2022
Edição: setembro/2022
Sinopse:
Duas pessoas que foram outrora um casal encontram-se passados dez anos de se separarem. Ela, lisboeta, condu-lo a ele, o estrangeiro, por diferentes percursos na sua cidade, enquanto desnovelam memórias. Na tentativa de estabelecer um passado comum, raros são os trajectos que coincidem. Resta-lhes os nomes de certas ruas, de certas cidades — Buenos Aires, Berlim, Marselha, Beirute — que se tornam topografias íntimas, que não poderão mais ser visitadas, como o nome da filha que nunca tiveram.
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