Páginas

domingo, 30 de julho de 2023

A Vida Airada de Dom Perdigote

 

A minha opinião: 

Façam o favor de ler este livro e de o oferecer muito neste verão porque é qualquer coisa de espetacular (e eu não sou de elogios à toa) mas como é que eu não conhecia este livro???

Aliás, nesta larga comunidade de leitores poucos conhecem. Eu não vi partilhas mas preciso de óculos para ver ao perto.

Novela picaresca reinventada. Divertimento inteligente porque a linguagem e a escrita deste não pequeno livro é sublime. Paulo Moreiras tem arte e sabe. E um humor refinado ao qual se junta as minudências que colecionou e que são um verdadeiro tesouro numa boa história. A sua biblioteca emocional é digna de registo. 
Li e reli devagar para bem o apreciar.

Autor: Paulo Moreiras
Páginas: 430
Editora: Casa das Letras
ISBN: 9789896616090
Edição: fevereiro/2023

Sinopse:
Por ocasião do baptizado do filho varão, Felipe III de Espanha e II de Portugal promove festejos imperdíveis na cidade de Valladolid, sede da Corte e capital do império. E, se para aquele umbigo do mundo - onde desaguam todos os vícios, velhacarias e vilanias - concorrem nobres e ladrões, damas e rameiras, será mais do que certo que, depois de um périplo por Badajoz, Sevilha, Trujillo ou Toledo, siga também para lá Tanganho Perdigão Fogaça, conhecido por Dom Perdigote, a fim de cumprir o seu destino.

Mas nem tudo se apresenta de feição a este espadachim nascido no ano em que morre Camões; claro que, entre as muitas peripécias vividas, encontra o amor da sua vida e conhece o pintor El Greco, o escritor Quevedo e até o autor do Quixote; porém, será envolvido na tentativa de assassinar um dramaturgo que integra a embaixada inglesa, enviada para ratificar a paz entre as duas nações. Quem o irá salvar?

Na senda do seu romance de estreia - A Demanda de Dom Fuas Bragatela, aplaudido entusiasticamente pelo público e pela crítica -, Paulo Moreiras regressa ao género pícaro, em que é mestre, para nos oferecer uma obra-prima de rigor e divertimento que já fazia falta à nossa literatura. Sublime.

Sem comentários:

Enviar um comentário