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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ao encontro do nosso amor

Autor: Michael Baron
Edição: 2012, Abril
Páginas: 200
ISBN: 9789898228871
Editora: Quinta Essência

Sinopse:
A história de um amor imortal

Joseph, um homem à beira dos quarenta anos, acorda desorientado e constrangido num local que não reconhece. Parte numa viagem para encontrar a sua casa, sem saber para onde vai, orientado apenas pela visão preciosa e indelével da mulher que ama.
Antoinette é uma mulher de idade, que vive numa residência para séniores e que se refugiou no seu mundo interior. Aí, o corpo e a mente não a atraiçoaram. Aí, é uma jovem recém-casada com um marido que a idolatra e uma vida inteira de sonhos para viver. Aí, ela está verdadeiramente em casa.
Warren, filho de Antoinette, é um quarentão, anos que atravessa uma das fases mais difíceis da sua vida. Com tempo a mais, resolve tentar recriar as recordações de casa confeccionando os melhores pratos da mãe e saboreá-los com ela.
Joseph, Antoinette e Warren são três pessoas que andam à procura de casa, cada uma à sua maneira. No modo como se ligam umas às outras nesta fase crítica das suas vidas reside o fundamento do tipo de história profunda e comovente que nos habituámos a esperar de Michael Baron.

A minha opinião:
Desconcertante. As personagens para o leitor. Confusas, perdidas, sem memória como Joseph. Sem rumo como Warren após perder o emprego e no decorrer do processo de divórcio. Perdida no passado como Antoinette. 
Este pequeno, místico e terno romance fala de amor como elo entre as pessoas. Como a força motriz capaz de superar tudo ... o tempo e o espaço.

O autor inspirou-se naqueles raros casos que são exemplo de amor intemporal ou imortal como refere na capa. O amor dos romances mas que existe na vida real. O amor dos pais que sempre o fascinou. Um casal que formava um todo homogéneo, que quando um partiu, ficou um vazio impossível de preencher.
Através de Antoinette vislumbramos o pesadelo da doença de Alzheimer e apreciamos a dedicação e carinho de Warren ao tentar uma aproximação por cheiros e sabores, apelando às memórias dos muitos pratos que a mãe inventou. E também eu senti as papilas gustativas a salivar com as descrições dos pratos que Warren cozinhava para a mãe.
Que pratos suculentos e com divertidos e imaginativos nomes! Pratos dedicados a vizinhos, amigos e família.

Não é um livro memorável mas ainda assim é uma leitura agradável. As personagens são sucintamente abordadas porque o que interessa é o que as ligava. O amor entre eles.

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