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domingo, 10 de maio de 2015

O que não pode ser salvo

Autor: Pedro Vieira
Edição: 2015/ março
Páginas: 288
ISBN: 9789897221781
Editora: Quetzal

Sinopse: 
Um triângulo amoroso que liga França, o Norte rural português, Lisboa e a margem sul. Uma jovem francesa, filha de emigrantes portugueses, que vem viver para a terra a que não pertence; um rapaz que luta para sair do meio devorador em que nasceu; um miúdo burguês, canhestro, com uma família de fachada; e um quarto elemento que completa o elenco de uma tragédia contemporânea de ressonâncias clássicas: história de amor, racismo, ciúme, traição, vingança e inquietação, qual Otelo de Shakespeare e de fancaria na era do rap, do Facebook e do call center.

O Que Não Pode Ser Salvo é também o retrato dos males sociais e culturais que afligem um país enfraquecido pela crise económica e a falência dos valores.

A minha opinião: 
Mais um livro que li devido a boas influências.
Ser membro de um clube de leitura tem destas coisas. Para alem dos muitos livros que queremos ler, sempre que nos reunimos e trocamos pareceres, eu acrescento mais livros. A pilha de leituras pendentes, cresce, cresce, cresce, sem parar. Um desespero!

Este livro já me tinha passado pelas mãos e bem recomendado, mas a minha persistente relutância com autores portugueses vingou. Advertiram-me para a escrita fluída e corrida, com limitada pontuação, mas isso não me incomoda nada. Ate´acho piada. De qualquer modo, eu faço mentalmente a pontuação a meu belo prazer e portanto, desde que a historia me convença obtenho o que desejo. Ora, neste aspecto, na época vacilei. Um triângulo amoroso!!! Tema batido. 

Um triângulo amoroso mas atualizado no contexto da sociedade portuguesa. E com uma linguagem adequada, que distingue os elementos intervenientes neste enredo. Três personagens, e três estereótipos que se cruzam dramaticamente.
O calão e os provérbios adaptados tão a gosto da criativa juventude. A perspectiva do que nos rodeia com um olhar critico mas imparcial.

Por tudo isto, arrisquei e ganhei uns bons momentos de leitura. Quase pareceu letra de Rap devido `a cadencia em algumas passagens, mas noutras desafiaram-me com as mudanças de texto e de "voz" das personagens. 

Gostei muito. Irreverente. 

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