Autor: Sveva Casati Modignani
Edição: 2013, Março
Edição: 2013, Março
Páginas: 168
ISBN: 9789720045782
Editora: Porto Editora
Sinopse:
Em 1943, Milão está sob as bombas dos Aliados, e nas proximidades da via Padova, uma criança extraordinariamente curiosa, inicia a sua aprendizagem de vida. Chama-se Sveva e tem 5 anos. É este o contexto de O Diabo e a Gemada, um relato autobiográfico em que a autora percorre os anos da Segunda Guerra Mundial, que se desenrolam entre a casa de família em Milão e uma quinta, nos arrozais de Trezzano sul Naviglio, na Lombardia.
A comida é o fio condutor que atravessa os episódios deste relato, em que se entrelaçam memórias e emoções, sabores e receitas e cujos acontecimentos estão sempre ligados à elaboração de um prato ou a uma refeição partilhada.
Com uma descrição cuidada e rigorosa de pessoas, sabores e costumes, Sveva Casati Modignani devolve-nos um mundo, não tão longínquo, mas do qual estamos a perder a memória.
A minha opinião:
Sveva Casati Modignani é uma escritora que há algum tempo me cativou com a sua escrita fluída, personagens carismáticas, determinadas e bem sucedidas, em narrativas pautadas por muitos capítulos sempre que muda de assunto ou de personagens. Constatei que os escritores italianos, passionais e diretos, que constroem estórias com ritmo e efeito que, muitos desvalorizam como populares ou comerciais, até pelo elevado número de vendas, frequentemente me agradam. Eu que leio por prazer e que tanto procuro livros enriquecedores como de entretenimento, deleito-me entre páginas e esqueço tudo o resto que me envolve durante horas e Sveva é uma das minhas escolhas.
Este é completamente distinto de tudo o que li e suponho que li todos os que foram publicados em português. Memórias da infância em que a guerra era um convidado indesejado e muito presente, mesmo para uma criança que limitada compreensão tinha e em que as referências são através da comida que criativamente era preparada pelas mulheres da família e perpetuado neste livro.
Um romance de uma criança rebelde e "niquenta" num tempo de escassez e limitações. Sem picos, é um relato de memórias da autora no seio da família.
Singelo e agradável quanto baste, mas sem muito mais a acrescentar.
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