Não foi por acaso que decidi ler este livro. Mais uma sugestão de um grupo de leitura.
Não há muito tempo li Comboios rigorosamente vigiados e não é livro que se esqueça. Uma pequena obra prima. De pequenas dimensões é imenso no seu sentido. Uma solidão demasiado ruidosa (mais uma vez um título fabuloso) imaginava igualmente impactante. O poder dos livros e a memória. Um romance pequeno mas gigante no seu alcance. Um romance de leitura obrigatória. Excelente para se ler em voz alta em que tanto nos toca e até as situações mais absurdas, descritas entre o belo e o crú, nos remetem para um regime ditatorial em que vigora a censura.
Culto independentemente da sua vontade, resgata obras de serem destruídas de uma prensa de papel. Vale a pena conhecer esta trágica personagem.
Autor: Bohumil Hrabal
Páginas: 144
Editora: Antígona
ISBN: 9789726083405
Edição: setembro/2019
Edição: setembro/2019
Sinopse:
Agora em tradução revista, Uma Solidão Demasiado Ruidosa (1976) é a história do velho Hanta, que, por ofício, prensa e destrói livros no subsolo de Praga, e que, por amor, salva dessa hecatombe os mais belos achados em pilhas de papel: textos de Kant, Hegel, Camus, Novalis e Lao-Tsé, todos eles condenados à destruição pelas autoridades.
Até que, um dia, o progresso quer aniquilar com mais eficácia as páginas que Hanta insiste em resgatar da sua obsoleta prensa. Censurada e publicada em samizdat, Uma Solidão Demasiado Ruidosa tornou-se uma obra de culto sobre a indestrutibilidade da memória e da palavra e o seu poder redentor em tempos bárbaros.
Bohumil Hrabal confessou ter vivido apenas para escrever este livro.
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