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domingo, 17 de março de 2024

Libertação

 

A minha opinião:


Sándor Márai. Quem já leu algum romance dele sabe ao que vai e não vai ao engano. E quem não, vai ficar perturbado. Sem ser exaustivo é um desassombrado que conhece o lado negro da natureza humana e o apresenta. Um analista do comportamento e relações humanas que neste romance avalia como grupo. O grupo que ataca. O grupo que se defende e protege. O grupo heterógeneo que se fecha numa cave à espera do fim da guerra e do cerco à cidade de Budapeste. 

O que conta é muito vivido e terrivel nos tempos que correm. Não gosto de ler estes temas mas se um desafio me leva a eles que seja com o sóbrio Sándor Márai.

Libertação é o título e uma palavra esmagadora como esta história.

Autor: Sándor Márai
Páginas: 200
Editora: Dom Quixote
ISBN: 9789722079167
Edição: outubro/2023

Sinopse:
Cerco de Budapeste, dezembro de 1944. O Exército Vermelho encontra-se nas proximidades da cidade desde novembro e está prestes a conquistar a capital húngara.

Nos dias que antecedem o Natal, uma jovem mulher de vinte e cinco anos, Erzsébet, procura refúgio para o seu pai, um famoso cientista, astrónomo e matemático que é perseguido pela Gestapo e por militantes do Partido da Cruz Flechada devido às suas conhecidas simpatias liberais. Depois de o deixar em segurança num minúsculo esconderijo subterrâneo, Erzsébet refugia-se na cave do prédio em frente, juntamente com os habitantes desse e de outros prédios das redondezas. Aí permanece durante as quatro semanas que durará o cerco do Exército Vermelho a Budapeste.

Nesse submundo escuro, fétido e caótico, onde as pessoas se amontoam em colchões e as tensões estão ao rubro, Erzsébet nunca deixará de acreditar que a libertação há de vir, que os russos chegarão em breve e que tudo irá mudar. Finalmente, nas primeiras horas do dia 19 de janeiro, o primeiro soldado soviético aparece à porta do abrigo, mas nada será como Erzsébet tinha imaginado.

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