Eu estou a ficar velh... idosa, ou melhor, clássica. Este livro não era o meu gênero, se não fosse uma sugestão de um clube de leitura e se não me tentasse o fora da caixa/ de mim.
O primeiro problema é que não sei que gênero de livro é este. Distopia, comédia romance, fantasia. Pesadelo é o mais adequado. De realista é que nada tem. Também não podia porque o livro é de 1908 e remonta a uma época de cavalheiros e anarquistas.
O segundo problema é que este delirante livro é muito divertido e pertinente com algumas questões morais e filosóficas que dão que pensar.
A narrativa começa com uma bizarra discussão entre duas personagens que se envolvem num fascinante duelo verbal. Lucien Gregory e Gabriel Syme representam o caos e a ordem. O anarquista e o polícia.
E entretanto como leitora fiquei presa nesta burlesca e animada narrativa que mais parece uma banda desenhada, em que nada é o que parece mas faz todo o sentido.
A aventura conspirativa de uma organização anarquista em que cada membro de topo tinha o nome de código de um dia da semana. O temido presidente era o Domingo, e o vencedor do duelo... o quinta-feira.
O terceiro problema é decifrar o quebra cabeças deste jogo de equívocos e paradoxos. Um livro que parece simples e é complexo. Brilhante.
Autor: G.K. Chesterton
Páginas: 160
Editora: Publicações Europa-América
ISBN: 9789721058132
Edição: junho/2007
Edição: junho/2007
Sinopse:
Existem sete membros do Concelho Central Anárquico que, por razões de segurança, se auto-intitulam com os nomes dos dias da semana. Mas o desenrolar dos acontecimentos lança a dúvida sobre a sua verdadeira identidade, pois Quinta-Feira não é o apaixonado poeta que dizia ser mas sim um detective da Scotland Yard.
Chesterton faz a acção avançar bem à sua maneira inventiva e exuberante e depois usa este pesadelo de paradoxo e surpresa para sondar os mistérios do comportamento e das crenças humanas.
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