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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

A Mulher do Ditador

 

A minha opinião: 

Surpreeendente. 
Um thirller psicológico é suposto ter esse efeito mas a narrativa nem sempre prima por uma escrita apurada e descritiva sem ser exaustiva. Um país fictício refém de um regime de terror com um ditador morto mas em que a viúva vai a julgamento por conta dos crimes que pode ou não ser também responsável. Inquieta por ser capaz de passar uma tensão e temor que perdura. A demagogia de uma hábil manipuladora era expectável. Uma aranha. Uma viúva negra. Bela capa. Adequada e chamativa.

400 páginas que pode parecer muito mais dada a baixa granulometria do papel. Não é apenas um thriller mas um romance com duas mulheres que se confrontam e admiram, Um enigma tortuoso. Bem construido para estreia que uma longa pesquisa exigiu. Um livro que não se lê de animo leve.


Autor: Freya Berry
Páginas: 416
Editora: Presença
ISBN: 9789722371575
Edição: julho/2023

Sinopse:
Quando a bela e enigmática mulher de um dos mais temidos ditadores do mundo é julgada pelos crimes contra a humanidade cometidos pelo seu falecido marido, todos estão convencidos de que a culpa é dela. Mas será mesmo assim?

Laura, uma advogada de Londres, regressa à terra natal dos pais para o caso mais importante da sua vida. A cliente? Marija Popa, a viúva do ditador assassinado, o homem que aterrorizou e dividiu um povo inteiro, num país de Leste, obrigando as pessoas a viver na pobreza, enquanto ele e a sua família ficavam cada vez mais ricos.

Para Laura, este caso é a oportunidade ideal de tentar compreender a sua infância difícil e a relação ainda pior com a mãe, uma pessoa que se recusa a falar da vida que teve durante o regime daquele homem. Mas Marija Popa intriga Laura: enigmática, a viúva do ditador jura inocência e afirma nada saber sobre os esquemas maquiavélicos do marido.

À medida que Laura mergulha cada vez mais profundamente no passado e nas memórias, percebe que tem de se aproximar de Marija, porque não poderá descobrir a verdade sem ela. Mas quão inocente, culpada ou perigosa pode ser a mulher do ditador?

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