Não é surpresa que gosto muito de ler contos e mais ainda se forem de autores portugueses. Não tenho qualquer critério de escolha e sequer tenho qualquer outra motivação senão o prazer da descoberta. Amiúde ouço comentar que os contos sabem a pouco, como uma história incompleta. Não partilho dessa opinião porque para mim sabem a muito e de tão concisas vão diretamente ao essencial. Este livro de Marta Duque Vaz é exemplar. Direto e incisivo, numa linguagem cuidada *e rica que me tocou particularmente. Próximo nas doze narrativas que inclui.Poucas páginas para tanto dizer. A sinopse é suficientemente esclarecedora.
Em suma, li com imenso prazer esta antologia de contos femininos que me encheu completamente as medidas. Não tenho um conto preferido porque adorei todos.
Autor: Marta Duque Vaz
Páginas: 132
Editora: Kalandraka
Editora: Kalandraka
ISBN: 9789895336791
Edição: agosto/2023
Edição: agosto/2023
Sinopse:
Mulheres que sonham ser avós e outras que nem tanto. Um amor refém de um início. Uma menina-mulher de luto à espera de um sinal. Duas vidas cristalizadas numa famosa ópera de Wagner. Um vestido em suspenso para uma estreia...
O quotidiano serve de inspiração a esta antologia de contos em que nada acontece por acaso. Entre a denúncia do trabalho precário, a defesa do envelhecimento digno e da saúde mental, celebram-se as amizades cúmplices, a arte e a natureza; ao mesmo tempo que se desvelam sonhos interrompidos, encontros fortuitos ou as singelas peripécias do destino e da devoção.
A prosa visual e sensorial de Marta Duque Vaz dá corpo, ora com humor ora com melancolia, a toda uma mundividência de diferentes gerações de mulheres, cujas histórias, plenas de humanidade, prometem resgatar o leitor da indiferença e deixá-lo no limbo da inquietação.
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