A minha opinião:
Paul Auster. Nunca li. Não sei porquê porque livros dele há mas imaginava sérios e nada divertidos. Um discurso sério-cómico, critíco e muito realismo, os mesmos fatores que me levam a gostar de ler Siri Hustvedt era o que deveria ter levado em conta.
Baumgartner e o seu pequeno acidente doméstico, bem como a sequência de peripécias, levou-me a pensar em Ove, também ele um homem viúvo e pouco sociável mas as semelhanças ficam por aí. Ove é uma personagem zangada, fechada. Sy não. Ambas mudam.
Sy é professor e escritor. Um homem inteligente, lúcido que se sente dissociado. Um homem em fuga, que o sonho com Anna e que percebe que o tempo se escoa "... quando chegar o fim que ao menos lhe seja concedida a dignidade de o seu coração parar em pleno esforço de uma última frase da sua lavra. de preferência as palavras finais de um sonoro vão-se foder dirigido aos loucos famintos de poder que governam o mundo."
Linguagem acessível, escrita elegante e muito fluída para uma grande empatia com Baumgartner. Adorei.
Autor: Paul Auster
Páginas: 208
Editora: Edições Asa
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789892359519
Edição: outubro/2023
Edição: outubro/2023
Sinopse:
Tudo começa com uma panela de água, que Sy Baumgartner - escritor de renome e professor de Filosofia à beira da reforma - acabou de esquecer no fogão.
O romance de ambos é-nos então desvendado desde o seu início, em 1968, quando Sy e Anna se conhecem enquanto estudantes falidos em Nova Iorque, e segue a relação apaixonada que mantêm ao longo dos quarenta anos seguintes.
Serão as memórias de Baumgartner coincidentes com as de Anna, cujos textos autobiográficos ele decide agora ler? Porque é que nos lembramos de certos momentos da nossa vida e esquecemos outros por completo? De que são feitas as nossas histórias pessoais?
Baumgartner revela Paul Auster no auge da sua mestria criativa e estilística. Um romance fulgurante sobre a beleza e a tragédia da vida quotidiana.
Sem comentários:
Enviar um comentário