Edição: 2011, Fevereiro
Páginas: 192
ISBN:
Editora: Pergaminho
Sinopse:
Quando o seu filho Jesse tinha 15 anos, David Gilmour tomou uma decisão que muitos pais e educadores considerariam radical: deixou o filho desistir da escola. Esta decisão, contudo, não teve nada de simples ou fácil. Ao ver o filho debater-se com a falta de motivação e as dificuldades em estudar, concentrar-se e ter notas positivas, David Gilmour percebeu que talvez a escola não fosse o ambiente ideal de aprendizagem para o filho – e que as probabilidades de que ele não acabasse o liceu eram elevadas. Assim, permitiu que deixasse a escola; em contrapartida, exigiu que o filho adquirisse com o pai (um notável crítico de cinema) alguma forma de educação alternativa para a vida, o amor e o crescimento pessoal. A condição para o filho deixar a escola era passar três noites por semana a ver um filme com o pai – aquilo a que chamaram O Clube de Cinema.
O que se segue é um percurso de aprendizagem e formação invulgar, rico e comovente. Na companhia do pai – e através de filmes que vão desde Os 400 Golpes, de François Truffaut, a Instinto Fatal, de Paul Verhoeven, de Crimes e Escapadelas, de Woody Allen, a Há Lodo no Cais, de Elia Kazan – Jesse aprende poderosas lições acerca dos valores humanos e do sentido da vida. E David aprende aquilo de que tantos pais se apercebem demasiado tarde: que cada momento passado com o filho é uma oportunidade de crescimento para ambos.
A minha opinião:
O Clube de cinema é um livro que retrata um período da vida de Jesse Gimour que, durante três anos, se aproximou do pai e desfrutaram de "tempo tranquilo, às vezes aborrecido que é a verdadeira marca de viver com alguém; aquele tempo que achamos que vai durar para sempre, e subitamente, um dia, já não existe".
Tinham o clube de cinema. Mas o propósito não era uma educação sistemática em cinema, mas sim uma óptima desculpa para estarem juntos e terem todo o tipo de conversas... e que conversas. Diálogos curtos e incisivos sobre a vida, afectos, mulheres, drogas e tudo o que afecta os jovens.
"Escolher filmes (livros) para outras pessoas é uma coisa arriscada. De certa forma, pode ser tão revelador... mostra a forma como pensamos, mostra aquilo que nos move; por vezes, pode até mostrar como pensamos que o mundo nos vê a nós".
Adorei ler este livro, talvez por ter um jovem da mesma idade e encontrar alguns paralelismos com o que li. É um importante testemunho do quão difícil é estabelecer uma relação de confiança e partilha entre pai e filho e permite-nos recordar muitos e bons filmes que marcaram a nossa vida e o nosso crescimento.
Recomendadíssimo.
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